Rádio Tupã - 97.1 FM

Os tupanciretanenses Eduardo Pilecco Pirotti (Duka), farmacêutico e empresário; Rodrigo da Costa Peil, cirurgião-dentista; e Leandro Kruel do Nascimento Filho, médico urologista em Passo Fundo, concederam entrevista à Rádio Tupã após concluírem uma das travessias ciclísticas mais desafiadoras da América do Sul: a passagem pela Cordilheira dos Andes, pela Rota 7, entre Argentina e Chile.

Desafio extremo nas montanhas — Leandro relata as dificuldades

Leandro abriu o relato falando sobre as condições enfrentadas durante o percurso:

“Foi uma situação de desafio — eu diria até que quase extremo — porque há muita diversidade. O clima na montanha é muito adverso. Tivemos dificuldades maiores, e eu diria que a principal delas foi o vento. Venta muito na montanha.
Quando estávamos subindo, saímos de Mendonza e fomos até Los Andes, no Chile — uma travessia de uns 400 e poucos quilômetros. Na subida da Cordilheira, na primeira metade da viagem, pegamos um vento muito forte, um vento contra. Para quem anda de bicicleta, sabe que isso é uma adversidade enorme, uma dificuldade absurda. E ventava muito, então essa foi uma dificuldade realmente grande.
À medida que fomos ganhando altitude, subindo a Cordilheira, o clima foi ficando mais difícil. Não só o vento, mas a temperatura vai baixando, vai caindo, então começamos a encarar essas situações climáticas que atrapalham bastante. É claro, não pegamos chuva nem neve, mas a temperatura caiu bastante.
Ainda há um outro elemento que atrapalha muito, que é o efeito da altitude. Ali, chegamos ao ponto mais alto da travessia, no pico da Cordilheira, no Morro do Cristo Redentor, que fica exatamente na divisa entre Argentina e Chile, a 3.850 metros de altitude.” (Leandro 1)

Planejamento e logística — Eduardo Pirotti explica como o grupo se organiza

Duka destaca o trabalho de organização por trás da viagem:

“Tem mais uns dois ou três ali no grupo que ajudam a organizar as rotas. A gente primeiro traça as rotas e depois vai atrás de hotel, local para almoço, etc. Então a gente vai sempre se ajudando. Não é fácil, porque é um outro país, e o contato telefônico é difícil, o contato por e-mail demora, mas a gente sempre conseguiu fazer essa logística.
Eu tenho uma van de 18 lugares. Nem sempre vão só 18 — às vezes vão uns 30 — então colocamos um ônibus também. Antigamente eu tinha um reboque meu, para 18 bicicletas. Há uns dois ou três anos, o grupo fez um reboque fechado, então passamos a levar as bicicletas nesse reboque, que ficou perfeito.
A nossa rotina geralmente é assim: saída pela manhã e, lá por uma da tarde, já temos um local para almoçar. Nessa viagem específica, a gente sempre almoçou em restaurante. Mas temos uma etapa em que fazemos um churrasquinho, carne, pão, refrigerante e, às vezes, até uma cervejinha durante o pedal.” (Eduardo 1)

Preparação e incentivo — Rodrigo fala sobre condicionamento e motivação

Rodrigo reforça que, apesar da dificuldade, qualquer pessoa pode iniciar no ciclismo:

“Um desafio desses que a gente realizou necessita de um certo preparo, mas para quem tá nos escutando e tem vontade de começar a pedalar, eu queria dizer que basta começar, porque a bicicleta ela vai melhorando o teu condicionamento físico com o passar do tempo. Quanto mais tu praticar, melhor ficará teu condicionamento e mais longe você conseguirá pedalar.
Eu vi um dado estatístico que apenas 1% da população brasileira já pedalou, fez um único pedal de 50 km ou mais. Então, pra te ver como poucas pessoas ultrapassam essa barreira dos 50 km.
Teve um dia que a gente fez um pedal de 112 km e 2.300 metros de ganho de altitude, né? Foi um pedal bem desafiador, apesar de que esse estilo de pedal que a gente fez é moderado, porque a gente para pra tirar foto, para pra fazer as refeições, né? Se acontece algum imprevisto com alguma bicicleta, a gente para pra ajudar. Não é uma competição em que tu tem que dar o máximo de si pra chegar o mais rápido possível no destino. Ali todos chegam juntos praticamente, apesar da diferença de condicionamento que existe, evidentemente, num grupo grande que nem esse.
Existem alguns amigos que não têm condições de treinar muito, outros já têm mais tempo pra praticar o ciclismo. E eu vinha me preparando desde setembro com uma quantidade mais expressiva de quilômetros por semana.” (Rodrigo 1)

O recado final dos atletas

O grupo incentiva os tupanciretanenses a iniciarem no ciclismo, reforçando que o esporte amplia horizontes, melhora a saúde e proporciona experiências únicas — como cruzar a Cordilheira dos Andes sobre duas rodas.

Entrevistas

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  Quero desejar a minha irmã Maura do bairro Elizabeth toda a felicidade do mundo,te amo mana,a saudade é imensa mas sempre penso em ti!❤️???????? Se puder toca a música "MANO"(LEANDRO& LEONARDO)
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  Bom dia queria parabenizar meu filho João Paulo Vieira Mattoso que está de aniversario amanhã felicidades meu filho Deus esteja com vc sempre parabéns felicidades.
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