Rádio Tupã - 97.1 FM

Carla Chelotti Ceolin, Psicóloga e Coordenadora CREAS, Carla Machado Clos, Advogada e representante da OAB, e Marcella Seixas Neto, Psicóloga clinica e representando os Rotary Club Tupanciretã, concederam entrevista à Rádio Tupã para evidenciar o Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher:

"Então esse ano, a gente pensou em unir as forças e fazer ações voltadas a esse mês, só que devido ao Período Eleitoral, a gente teve que ter um cuidado, e então estamos hoje aqui falando um pouquinho sobre o tema. Existe uma rede dentro do município para atender as vítimas de violência assim como existe a delegacia para fazer os relatos, e eu venho com uma informação, que o ano passado, foram dados passados pelo Dr. Anderson, Delegado, teve 115 denúncias, registros na delegacia de medida de violência doméstica, e neste ano, eu até fiquei bem contente com os dados, apesar que esse ano nós estamos recém no meio do ano, são 58 casos que chegaram". (Carla Chelotti 1)

Carla acentua estar contente, pois às vítimas estão procurando a ajuda necessária, não se calando. O CREAS está atuando intensamente no acolhimento destas mulheres. Carla Clos chama a atenção para o conhecimento da lei:

"Hoje as mulheres elas por outros motivos, elas acabam acionando o Poder Judiciário, e acabam gerando uma situação de que hoje, a gente chama a atenção, tem um delito para isso de denunciação caluniosa. A mulher acaba envolvendo o poder judiciário, a polícia, rede de apoio, e às vezes um delito não ocorreu. Então a mulher também tem que ter conhecimento que ela pode estar incorrendo num delito bem sério, bem grave, com sansão penal, tem dois a oito anos de reclusão, inclusive eu acho que são coisas que a gente tem que trazer, porque a lei e os entendimentos do Poder Judiciário eles vão alterando conforme a nossa sociedade, ela vai evoluindo. Então nem sempre o homem é absolutamente culpado, muitas vezes a lei é utilizada numa forma equivocada, então a OAB e a comissão ela também serve para instruir". (Carla Clos 1)

Carla também aponta a questão crescente da agressão psicológica, e Marcella ajuda os ouvintes comentando sobre o que é este ocorrido:

"A Violência Psicológica muitas vezes ela é até aprendida, ela é passada de geração em geração, porque meu pai trata mal a minha mãe e isso é muito, entre aspas, natural, visto como natural, eu acabo tratando mal a minha esposa e acaba sendo um ciclo vicioso, digamos assim. Então ela é muito sutil, e ela acontece no dia a dia, de que forma, para as pessoas compreenderem um pouquinho do que eu presencio muito no consultório, são pessoas que violentam, são pessoas que vão destruindo passo a passo a autoestima da companheira, então, é você é gorda, você é feia, vão afastando dos amigos, tem você sem mim, você não vive. Essas falas são muito comuns da pessoa que violenta, vai colocando a vítima numa condição de baixa autoestima, ela vai se isolando dos amigos, se isolando da família, entregando o seu patrimônio, então é algo muito velado, muito sutil e não só agressão física". (Marcella 1)

A entrevista completa sobre o assunto está disponível nas plataformas digitais da Rádio Tupã. 

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